25 de novembro de 2011

"Lisboa, velha cidade cheia de encanto e beleza" em convivência perfeita com o novo Design


As meninas do Coisa com Coisa decidiram fazer frente ao frio e à chuva, dedicaram uma tarde ao Design e a uns quantos cantos e recantos de interesse entre o Rato, o Príncipe Real e o Chiado. Se estiverem sem ideias para este fim-de-semana podem seguir um pouco o nosso roteiro.
O lanche deveria ficar para o fim, mas a verdade é que, uma viagem exige baterias carregadas, portanto nada como dar um saltinho à encantadora pastelaria ao género francês trés chicPoison d´ Amour situada no Príncipe Real.
Depois de uma boa dose de açúcar, é altura de seguir para o Antigo Convento da Trindade onde devido à Experimenta Design 2011, se encontra a série Don´t Look Back: Fernando Brízio – Desenho Habitado. Aqui podemos observar uma retrospectiva do seu trabalho que, por ser criado “ao longo de processos de reflexão e análise, de jogo e desafio de ideias e de arquétipos, não se oferece a uma catalogação linear: os seus projectos não se arrumam por datas, tipologias ou fases.”
Brízio enche as medidas de qualquer um, mas a verdade é que a EXD´11 termina já dia 27 de Novembro, portanto é aproveitar enquanto dura e correr todas as capelinhas, como é o caso do antigo Tribunal da Boa-Hora no Chiado. Ali se declara que, quem entra não sairá tão cedo, pois cada sala representa um mundo. O meu destaque vai para Como recordar o que nunca aconteceu porque sou menina de Letras e perdi-me de encantos por este parecer – “A memória regista apenas uma ínfima parte do que realmente aconteceu, e guarda inevitavelmente essa parte como verdade do todo. Se se quer recordar algo que nunca tenha acontecido tem que se entrar no território da fábula, tem que se ficcionar, tem que se proceder à sua representação. É esse impossível – que nunca aconteceu – que é toda a ficção absolutamente necessária à vivência do presente.”
Depois de uma longa caminhada nada como o merecido descanso no Restaurante The Decadente situado dentro do Hostel The Independente.
Se o frio vos leva a optar pelo aconchego do lar nós ajudamos no entretenimento dentro de casa, dando como sugestão o livro Venenos de Deus, Remédios do Diabo do escritor moçambicano Mia Couto. Este romance constitui mais um retrato de Moçambique. Deixamos um cheirinho: “ – Me receite um remédio para eu desmaiar. O português riu-se. Também a ele lhe apetecia uma intermitente ilucidez, uma pausa na obrigação de existir. – Uma marretada na cabeça é a única coisa que me ocorre. Riem-se. Rir junto é melhor que falar a mesma língua. Ou talvez, o riso seja uma língua anterior que fomos perdendo à medida que o mundo foi deixando de ser nosso.” 


Poison d´Amour   EXD´11 Lisboa  Fernando Brízio na EXD´11  | The Decadente in The Independente | Fotografias da EXD´11 cedidas gentilmente por Verónica Henriques da Silva

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